Antes é preciso retirar desse efluente toda a carga com potencial risco para contaminação de pessoas e dos corpos d'água.
Isso pode ser fácil se colocado em palavras, mas na prática, o tratamento de esgoto requer muito trabalho, além de uma gama ampla de aditivos químicos para que ao final do ciclo, as amostras possam estar dentro das metas estabelecidas pelas agências reguladoras.
Isso não quer dizer que o tratamento de efluentes não tenha pontos positivos. Afinal estar de acordo com as leis ambientais só conta a favor da empresa ou organização. Por isso, é essencial realizar com plenitude todas as fases do tratamento de efluentes, que compreende as seguintes etapas:
- Preliminar.
- Primário
- Secundário
- Pós tratamento ou tratamento terciário.
Em cada uma dessas fases são usados mecanismos químicos e ferramentas físicas para tornar o efluente menos nocivo ao meio ambiente. Mas ainda assim, todo esse processo demanda constante investimento em ferramentas capazes de aprimorar esse trabalho.
Por isso, os ambientalistas têm recomendado uma solução que é extremamente vantajosa e muito mais interessante do ponto de vista financeiro e sustentável: O tratamento biológico de efluentes.
Como se dá a classificação de resíduos sólidos
Antes de entender mais sobre o que é o tratamento biológico para efluentes, precisa-se pensar sobre qual é a definição de resíduos estabelecida pelas leis nacionais.
Veja a norma NBR 10.004 de 2004, que estabelece que:
“São resíduos sólidos, e semissólidos os resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial agrícola, de serviço e de varrição”
Os resíduos também são classificados de acordo com sua toxicidade, agente mutagênico e agente carcinogênico entre outros.
Enquanto isso, deve-se lembrar que os efluentes são categorizados como resíduos líquidos ou gases, resultantes da produção industrial, residencial ou pluvial.
Como é feito o tratamento biológico de efluentes?
No tratamento biológico de esgoto, usa-se o poder de consumo dos micro-organismos vivos, para erradicar toda a matéria orgânica que possa haver no efluente.
As bactérias então se alimentam das impurezas presentes na água e dessa forma funcionam como aditivos químicos, sem contudo trazer algum efeito potencialmente danoso.
Um exemplo interessante que sempre pode ser lembrado quando o assunto é tratamento sustentável de efluentes e resíduos, é a lagoa de Araruama, no Rio de Janeiro.
Lá, os efluentes recebem tratamento totalmente livre de processos químicos, e os resultados são surpreendentes.
Além do benefício de contar com água dentro das normas especificadas pelas agências reguladoras, o tratamento biológico inteiramente livre de processos industrializados, realizado em Araruama, representa economia em energia elétrica, diminuição dos odores que poderiam resistir ao tratamento convencional e ainda, a possibilidade de agregar valor aos resíduos, uma vez que o tratamento biológico empregado lá, através da salvínia, produz um resíduo que pode ser vendido e usado como adubo.
Bactérias como aliadas
Sendo assim o uso de bactérias para a finalidade de tratamento de efluentes é uma interessante estratégia que explora uma forma natural e, portanto, pouco poluente, de colaborar com a de gestão sustentável das empresas.
Esse método pode ser feito através de uma estrutura de tratamento de esgoto (ETE) pensada especificamente para esse fim.
Mas lembre-se, é importante esclarecer suas dúvidas diretamente com um profissional, afinal, cada empresa produz resíduos de características diferentes e o método de tratamento deve responder a isso.
Vantagens do tratamento biológico de efluentes na gestão de resíduos
Você sabia que os resíduos tratados por meio de métodos biológicos, muitas vezes chegam a apresentar resultados finais mais interessantes do que os que sofreram aplicação de métodos químicos?
Pois é, esse tipo de tratamento ainda colabora diminuindo drasticamente ou até tornando nulo o risco de ocorrência de penalidades
Em suma isso quer dizer que a raspagem do material residual final, encontra um produto mais livre de impurezas e portanto mais fácil de descartar corretamente, ou mesmo comercializar em forma de adubo, como acontece no louvável exemplo de Araruama.
Outras vantagens do uso de material biológico para tratamento de resíduos e efluentes:
- Os micro-organismos consomem mesmo os resíduos mais resistentes
- O tratamento biológico de efluentes tem menor impacto ao meio ambiente
- O tratamento biológico reduz os odores e diminui a poluição do ar.
- Ajuda a proporcionar uma água mais limpa caso haja possibilidade de reúso. (para fins não potáveis)
- Menor emissão de gases nocivos.
- Melhor custo benefício.
- Menor formação de lodo.
Por que começar?
São diversos os problemas que advém da ausência do tratamento adequado dos efluentes, já que esse é um trabalho que exerce uma importante função na preservação do meio ambiente e na proteção das pessoas e animais que por ventura possam entrar em contato com essas substancias.
Além de evitar multas e penalidades para a sua empresa, se preocupar em realizar um tratamento de efluentes eficaz, garante um meio ambiente mais saudável no futuro e permite que as próximas gerações possam desfrutar de um Brasil mais preservado. Pense nisso e não deixe de acompanhar as novidades da nossa plataforma, dessa maneira, fica mais fácil obter todas as dicas para uma gestão mais consciente e eficaz.
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